FATOS POLICIAIS

quarta-feira, 8 de setembro de 2021

JESUÍNO ALVES DE MELO CALADO

 



 

Em uma data indeterminada, do ano de 1844, no interior do estado do Rio Grande do Norte, na área que hoje corresponde à cidade de Patu, no sítio Tuiuiú, nascia Jesuíno Alves de Melo Calado, vulgo Jesuíno Brilhante, aquele que viria ser conhecido como o cangaceiro romântico, o “Robinwood” do sertão ou o primeiro cangaceiro do sertão brasileiro. Adveio de uma família aristocrata rural sertaneja, virando bandoleiro no ano de 1871 em virtude de um fato ocorrido com seu irmão – levou uma surra no meio da rua, da cidade de Patu/RN, e acusado, inocentemente, segundo alguns, de roubo de uma cabra – o motivando a buscar justiça em nome da família.

Muito diferente daquela filosofia do cangaço do século passado em que os cangaceiros roubavam e matavam para demonstrarem o poder e o terror, Jesuíno Brilhante era descrito pelos seus próximos como um homem gentil, que era querido e respeitado pela população patuense.

Em suas ações, buscava saquear combios e mercadorias enviadas do governo aos coronéis que comandavam o sertão (mercadorias essas que eram desviadas enquanto a população morria de fome em plena seca) e oprimiam as classes mais pobres do sertão. Jesuíno empenhava a sua luta em virtude de um bem social e comum, sem um retorno propriamente dito para o cangaceiro.

A cultura do cangaço, que surgira como um movimento social de combate à pobreza e à fome, tornara-se visto como uma ideologia bandida na visão dos coronéis, e também muito em virtude das atuações posteriores de Lampião.

Jesuíno Brilhante foi responsável pela criação de algo que viria a ser um Estado paralelo sertanejo entre os anos de 1871 e 1879, quando os governantes temiam-no, juntamente com o seu bando.

O patuense, por ter nascido em uma família aristocrata, tivera uma boa educação em comparação as demais pessoas, mas sempre buscou aprender coisas do seu dia a dia com os homens do campo e sertanejos. Em suas ações, buscava sempre paracer um homem comum, não propagando uma imagem de autoridade moral, mas de um entre tantos oprimidos no nordeste brasileiro.

A morte de Jesuíno Brilhante foi algo heroico, digno de registros de cinema. O desfecho ocorreu em dezembro de 1879, em uma emboscada, na cidade de Belém do Brejo do Cruz, Paraíba, quando vinha sendo perseguido pela polícia e fora alvejado, de surpresa, por dois tiros na região do abdômen, disparados pelo seu algoz, Preto Limão.

Seus restos mortais foram enviados para a cidade de Mossoró/RN para exames feitos pelo médico Francisco Pinheiro de Almeida, com o intuito de realizar uma exposição no Colégio Diocesano de Mossoró. Posteriormente, seus restos mortais foram levados para o Rio de Janeiro, e por anos permaneceu no museu do alienista Juliano Moreira. Mais tarde, os restos mortais seriam removidos para um local desconhecido, ficando sem paradeiro até os dias de hoje.

Atualmente, a memória de Jesuíno Brilhante permanece viva na literatura nacional, nas artes, cinemas e novelas. Trata-se de uma figura que é descrita como um bandido por alguns, e por outros como um herói justiceiro do/no sertão. A história o marcará para sempre.

TRIBUNA DO NORTE

JESUÍNO ALVES DE MELO CALADO

 



Jesuíno Alves de melo calado (Patu, 1844 – Belém do Brejo do Cruz-PB, dezembro de 1879) foi um cangaceiro. É considerado um dos precursores do cangaço no Nordeste

ORIGEM

Também chamado de "Jesuíno Brilhante" ou "O Cangaceiro Romântico", nasceu de uma família da aristocracia rural sertaneja, no sítio Tuiuiú, região da cidade de Patu, e virou bandoleiro em 1871 pelo fato de seu irmão ter apanhado no meio da rua de sua cidade natal e pelo roubo de uma cabra que lhe pertencia.

Diferente da filosofia dos cangaceiros do século XX  , que roubavam e pilhavam, Jesuíno Brilhante foi considerado um cangaceiro  gentil-homem, um tipo de  Robim Hood, pois adorava e era adorado pela população pobre e sempre os ajudavam em questões financeiras e sociais, como subtrair dos coronéis o que era dos nordestinos, quando saqueava os comboios de alimentos que eram enviados pelo governo, para as vítimas das secas, mas que ficavam nas mãos dos poderosos e nunca chegavam à população. Além disto, também era defensor dos fracos, das crianças agredidas, dos velhos e das moças ultrajadas. Entre 1871 e 1879, o cangaceiro romântico implantou um “Estado Paralelo” nos sertões brasileiros.

MORTE

O desfecho final de Jesuíno de Melo Calado foi numa emboscada na região das Águas do Riacho de Porcos, na cidade de Belém do Brejo do Cruz, na Paraíba, quando levou dois tiros e morreu pouco depois no local denominado de "Palha".

Seus restos mortais estão desaparecidos, pois, após a sua morte, seu corpo foi levado pelo médico Francisco Pinheiro de Almeida para exposição no Colégio Diocesano de Mossoró por longos anos e, na sequência, fez parte do acervo museológico do alienista Juliano Moreira, no Rio de Janeiro, que por fim, removeu do acervo sem dar paradeiro do destino final.

FONTE - WIKIPÉDIA

JESUÍNO ALVES DE MELO CALADO

 


Jesuíno Alves de Melo Calado nasceu no sítio Tuiuiú, no município de Patu, Rio Grande do Norte, em  10 de março de 1844. Filho de José Alves de Melo Calado e D. Alexandrina Brilhante de Alencar.

         Para Câmara Cascudo, ele "foi o cangaceiro gentil-homem, o bandoleiro romântico, espécie matuta de Robin Hood, adorado pela população pobre, defensor dos fracos, dos velhos oprimidos, das moças ultrajadas, das crianças agredidas (...) Baixo, espadaúdo, ruivo, de olhos azuis, meio fanhoso, ficava tartamudo quando zangado. Homem claro, desempenado, cavaleiro maravilhoso, atirador incomparável de pistola e clavinote, jogava bem a faca e sua força física garantia-lhe sucesso na hora do "corpo a corpo". Era ainda bom nadador, vaqueiro afamado, derrubador e laçador de gado

 

Sua pontaria infalível causava assombro, especialmente porque Jesuíno, ambidestro, atirava com qualquer das mãos.

         Casou com D. Maria, tendo cinco filhos dessa união.

         Envolvido com uma questão de família, Jesuíno matou o negro Honorato Limão, no dia 25 de dezembro de 1871. Foi sua primeira vítima.

         Como lembra Tarcísio Medeiros, era "irredutível em questão de honra". O autor, em seguida, cita um texto de Raimundo Nonato, que narra um episódio, onde Jesuíno Brilhante se hospedou em uma casa. O marido estava ausente. Um bandido, de nome Montezuma, procurou se aproveitar da situação para perseguir a proprietária da casa. Jesuíno, revoltado, matou o malfeitor. Outro caso: assassinou um escravo, José, porque tentou violentar uma mulher.

        Segundo Cascudo, "ficaram famosos os assaltos à cadeia de Pombal(PE) para libertar seu irmão Lucas (1874) e, no ano de 1876, à cidade de Martins (RN). Cercado pela polícia local, Jesuíno e seus dez companheiros abriram passagem através de casas, rompendo as paredes, cantando a antiga "Curujinha".

         Câmara Cascudo afirma ainda que Jesuíno "nunca exigiu dinheiro ou matou para roubar".

A imaginação popular acrescentou à biografia do cangaceiro centenas de batalhas, das quais Jesuíno Brilhante teria participado sem que tivesse levado um só tiro...

 

   Em dezembro de 1879, na região das Águas do Riacho de Porcos, Brejos da Cruz, na Paraíba, Jesuíno foi atingido no braço e no peito, sendo levado, agonizante, por seus amigos. Morreu no lugar chamado "Palha", onde foi sepultado

FONTE – BLOG JOÃO MARCULINO E INTERNET


JESUÍNO ALVES DE MELO CALADO

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